'Eles querem revanche, pois vão ter'

Abel Braga manda um recado para o São Paulo: a revanche tem dia e hora marcados para acontecer. Times fizeram a final da Libertadores
   Inter e São Paulo já se enfrentaram três vezes em 2006. Duas na decisão da Libertadores e uma pelo Campeonato Brasileiro, com boa vantagem para os colorados. Foram duas vitórias para o Inter e um empate. Há clima de rivalidade, não resta dúvida. Domingo, as duas equipes jogam outra vez. Em São Paulo, o jogo é encarado como a possibilidade de desforra do time do Morumbi. 'Eles querem revanche, pois vão ter revanche. Está marcada. É domingo, às 16 horas. Não é briga de rua, mas vamos para a luta', afirmou, ontem pela manhã, o técnico Abel Braga, motivando os seus jogadores.
   O treinador lembrou da Copa do Mundo da Alemanha, quando a Seleção Brasileira não aceitou rotular o jogo contra a França como uma revanche pela derrota na Copa de 1998. Acabou sendo derrotada, além de mostrar pouco entusiasmo. 'Não vou cair no mesmo erro. Respeitamos o São Paulo, mas vamos ao Morumbi para atacar e vencer o jogo. Não resta nada ao Inter a não ser o título', continuou o treinador.
   Enquanto o Inter está passando por uma semana sem jogos, com tempo para treinar e descansar, o São Paulo vive clima de decisão. Um mês após perder a Libertadores para os colorados, o time de Muricy Ramalho está jogando a final da Recopa Sul-Americana. Perdeu para o Boca Juniors, na Bombonera, há uma semana, e, amanhã, buscará a recuperação em casa. 'Estamos muito bem. Os jogadores estão em grande forma, aproveitando os treinos', enfatizou Abel.
   Além disso, os paulistas não vivem um momento bom no Campeonato Brasileiro. Apesar de se manterem na primeira posição, a vantagem para o segundo lugar - ocupado pelo Inter - está diminuindo. Apenas três pontos separam os dois clubes na tabela. O Inter vem de três vitórias consecutivas, enquanto o São Paulo não saiu de um empate domingo no clássico contra o Corinthians mesmo tendo dois jogadores a mais em campo desde os 25 minutos do primeiro tempo.
   Para passar o São Paulo e chegar à liderança do Brasileirão já no final de semana, o Inter precisa vencer o jogo com pelo menos três gols de vantagem. Mas, no Beira-Rio não há pressa: 'O campeonato vai se decidir nas últimas três rodadas. Não antes disso', observou Abel, que se confessou torcedor de Muricy Ramalho na decisão contra o Boca.
'Tenho muito apreço e solidariedade por ele. Estou torcendo muito para que ele acabe com esse negócio de chegar e não ganhar. Também passei por isso. E ainda mais há o fato de o São Paulo ser o representante brasileiro na competição', encerrou o solidário técnico colorado.