inter

sábado, 2 de setembro de 2006

E o salto - por Ruy Carlos Osterman

Enquanto o novo time não entra em campo com ou sem losango, o time de Abel Braga joga esta tardinha no Maracanã contra o Flamengo de todos os lamentos cariocas, dores mesmo, sofrimentos, desalento e falta de perspectiva que se misturam com a queda do Fluminense e seu desejo de vender o jovem e admirado Marcelo para, claro, pagar dívidas. A situação contrasta mais ainda com a súbita e auspiciosa levantada do Botafogo que goleou o Paraná e aplaudiu Cuca em cena aberta numa prova inusitada do quanto pode significar no Rio estar por cima nesse azarado futebol.
Já aprendi que num campeonato de pontos corridos todo jogo tem um insuspeito caráter de jogo inesquecível, e que mesmo o mais simplesmente anunciado só fica mesmo simples por força de fortes acontecimentos no campo e na hora. A sofrida crise do Flamengo deveria ajudar o Inter, favorecê-lo, facilitar a vitória ou assegurá-la. Mas nunca é assim e ainda mais que o time de Abel está bem desmerecido sem Edinho, Perdigão e talvez Fabinho, e terá de improvisar Ediglê ou até mudar de sistema. Mas no futebol não há o que fazer se não botar o time em campo.
De qualquer modo, recomeça hoje a esfolada tentativa de subir na tabela já que o São Paulo estaciona e quase todos perdem alguma coisa. Se o Inter vencer, dá um salto.