noticias - folha on line - 03nov2005 - Muricy seca Corinthians e fala em voltar ao São Paulo
Muricy seca Corinthians e fala em voltar ao São Paulo
Muricy Ramalho tem planos para esta semana e outro para o longo prazo. Primeiro, ele torce por duas vitórias do Internacional nesta semana e tropeços do Corinthians para que seu clube tenha chances verdadeiras de conquistar o Brasileiro.
"Estes próximos jogos serão fundamentais", diz o treinador do clube gaúcho, que tem uma campanha melhor do que a do Corinthians no segundo turno.
A diferença entre os dois clubes, que chegou a ser de 11 pontos, caiu para apenas seis nos últimos dias, e nesta semana o clube gaúcho tem, na teoria, confrontos menos complicados -pega Paraná (fora) e Ponte Preta (em casa), enquanto o Corinthians desafia Cruzeiro e Santos.
No futuro, ele não esconde o desejo de voltar ao São Paulo, clube que defendeu como jogador e deu os primeiros passos na carreira de treinador. "É o caminho natural", disse o treinador em entrevista à Folha.
Folha - A que atribui sua longevidade no Inter?
Muricy Ramalho - Tive bons resultados e me adaptei bem ao clube. Além disso, aqui você tem dirigentes sérios, que não entram na onda de palpite. Eles conhecem futebol e sabem que podíamos reverter a situação quando fomos criticados pela imprensa e vaiados pela torcida. É tudo questão de convicção.
Folha - Falta palavra no meio dos treinadores, que muitas vezes deixam o clube na mão?
Muricy - Isso acontece das duas partes. O dirigente também não respeita não. Quando tem que por o dele fora, joga toda a culpa no treinador. Mas tem técnico que faz a mesma coisa. Recebe uma proposta para ganhar um pouco mais já larga o clube. Eu não gosto de fazer isso. Gosto de cumprir meu contratos [seu atual com o Inter vai até dezembro]. Trabalho bem feito precisa de seqüência. Ganhei os últimos 5 campeonatos estaduais que disputei [por Inter, São Caetano e Náutico] muito por causa disso.
Folha - Teve propostas para deixar o Inter?
Muricy - Deixei de ganhar dinheiro este ano. Tive três propostas boas para ganhar bastante dinheiro e voltar para perto da minha casa [em São Paulo]. Mas não acreditei nisso, permaneci aqui e hoje sou bastante valorizado
Folha - Quais são seus planos para 2006?
Muricy - Não tenho planos. Gostaria de fazer como em 2003, parar dois ou três meses para me recuperar do desgaste da profissão, que é muito grande, e voltar descansado. Mas isso é o que eu penso. A gente sabe que futebol não é assim. Sei que vão me fazer propostas no fim da temporada.
Folha - No atual time do Inter, você adaptou jogadores em algumas posições, como Jorge Wagner na ala esquerda. Sua equipe teve que se moldar ao elenco disponível?
Muricy - A base do time já está aqui há três anos, assim como eu. Esse conhecimento que tenho dos jogadores facilita minha vida. Em determinado momento, não tinha alas. Achei que tinha dois meias que poderiam fazer isso [Elder Granja e Jorge Wagner]. Hoje, eles não querem mais mudar de posição.
Folha - Seu time teve vários problemas de contusões. Está preparado para a reta final?
Muricy - Contra o Paysandu [vitória de 1 a 0, anteontem] já não tive quatro jogadores importantes [Jorge Wagner, Tinga, Perdigão e Fernandão]. Mas isso está acontecendo com todo mundo.
Folha - Faz uma projeção de quantos pontos precisa para ultrapassar o Corinthians?
Muricy - Não sei, mas as duas próximas rodadas são decisivas em relação ao Corinthians. Se eles tropeçarem, a gente cola neles. Se não, fica difícil. Será fundamental.
Folha - Como viu a anulação dos jogos pelo STJD?
Muricy - Foi a medida mais fácil, e não de acordo com a lei. O artigo que fala sobre isso é claro. Só os jogos que tiveram interferência do juiz tinham que ser anulados. Mas o que mais irritou a gente foi que eles fizeram o anúncio às 11h da manhã, quando estávamos em primeiro e iríamos fazer um jogo importante com o Fluminense. Isso arrebentou a gente. Faltou sensibilidade.
Folha - Acha que o Corinthians está sendo favorecido?
Muricy - Não acredito nisso.
Folha - Você tem uma forte ligação com o São Paulo. Quer um dia voltar a trabalhar lá?
Muricy - Já tive dois convites oficiais para voltar para lá, que me deixaram muito honrado. Mas como respeito muito onde estou, fiquei. Meus filhos são-paulinos disseram que eu era louco por não voltar. Respeito também muito o Paulo Autuori, que está trabalhando lá agora. Mas quando saí do São Paulo disse que iria aprender bastante, conquistar títulos e voltar um dia. É o caminho natural, mas não pode ser forçado.
Muricy Ramalho tem planos para esta semana e outro para o longo prazo. Primeiro, ele torce por duas vitórias do Internacional nesta semana e tropeços do Corinthians para que seu clube tenha chances verdadeiras de conquistar o Brasileiro.
"Estes próximos jogos serão fundamentais", diz o treinador do clube gaúcho, que tem uma campanha melhor do que a do Corinthians no segundo turno.
A diferença entre os dois clubes, que chegou a ser de 11 pontos, caiu para apenas seis nos últimos dias, e nesta semana o clube gaúcho tem, na teoria, confrontos menos complicados -pega Paraná (fora) e Ponte Preta (em casa), enquanto o Corinthians desafia Cruzeiro e Santos.
No futuro, ele não esconde o desejo de voltar ao São Paulo, clube que defendeu como jogador e deu os primeiros passos na carreira de treinador. "É o caminho natural", disse o treinador em entrevista à Folha.
Folha - A que atribui sua longevidade no Inter?
Muricy Ramalho - Tive bons resultados e me adaptei bem ao clube. Além disso, aqui você tem dirigentes sérios, que não entram na onda de palpite. Eles conhecem futebol e sabem que podíamos reverter a situação quando fomos criticados pela imprensa e vaiados pela torcida. É tudo questão de convicção.
Folha - Falta palavra no meio dos treinadores, que muitas vezes deixam o clube na mão?
Muricy - Isso acontece das duas partes. O dirigente também não respeita não. Quando tem que por o dele fora, joga toda a culpa no treinador. Mas tem técnico que faz a mesma coisa. Recebe uma proposta para ganhar um pouco mais já larga o clube. Eu não gosto de fazer isso. Gosto de cumprir meu contratos [seu atual com o Inter vai até dezembro]. Trabalho bem feito precisa de seqüência. Ganhei os últimos 5 campeonatos estaduais que disputei [por Inter, São Caetano e Náutico] muito por causa disso.
Folha - Teve propostas para deixar o Inter?
Muricy - Deixei de ganhar dinheiro este ano. Tive três propostas boas para ganhar bastante dinheiro e voltar para perto da minha casa [em São Paulo]. Mas não acreditei nisso, permaneci aqui e hoje sou bastante valorizado
Folha - Quais são seus planos para 2006?
Muricy - Não tenho planos. Gostaria de fazer como em 2003, parar dois ou três meses para me recuperar do desgaste da profissão, que é muito grande, e voltar descansado. Mas isso é o que eu penso. A gente sabe que futebol não é assim. Sei que vão me fazer propostas no fim da temporada.
Folha - No atual time do Inter, você adaptou jogadores em algumas posições, como Jorge Wagner na ala esquerda. Sua equipe teve que se moldar ao elenco disponível?
Muricy - A base do time já está aqui há três anos, assim como eu. Esse conhecimento que tenho dos jogadores facilita minha vida. Em determinado momento, não tinha alas. Achei que tinha dois meias que poderiam fazer isso [Elder Granja e Jorge Wagner]. Hoje, eles não querem mais mudar de posição.
Folha - Seu time teve vários problemas de contusões. Está preparado para a reta final?
Muricy - Contra o Paysandu [vitória de 1 a 0, anteontem] já não tive quatro jogadores importantes [Jorge Wagner, Tinga, Perdigão e Fernandão]. Mas isso está acontecendo com todo mundo.
Folha - Faz uma projeção de quantos pontos precisa para ultrapassar o Corinthians?
Muricy - Não sei, mas as duas próximas rodadas são decisivas em relação ao Corinthians. Se eles tropeçarem, a gente cola neles. Se não, fica difícil. Será fundamental.
Folha - Como viu a anulação dos jogos pelo STJD?
Muricy - Foi a medida mais fácil, e não de acordo com a lei. O artigo que fala sobre isso é claro. Só os jogos que tiveram interferência do juiz tinham que ser anulados. Mas o que mais irritou a gente foi que eles fizeram o anúncio às 11h da manhã, quando estávamos em primeiro e iríamos fazer um jogo importante com o Fluminense. Isso arrebentou a gente. Faltou sensibilidade.
Folha - Acha que o Corinthians está sendo favorecido?
Muricy - Não acredito nisso.
Folha - Você tem uma forte ligação com o São Paulo. Quer um dia voltar a trabalhar lá?
Muricy - Já tive dois convites oficiais para voltar para lá, que me deixaram muito honrado. Mas como respeito muito onde estou, fiquei. Meus filhos são-paulinos disseram que eu era louco por não voltar. Respeito também muito o Paulo Autuori, que está trabalhando lá agora. Mas quando saí do São Paulo disse que iria aprender bastante, conquistar títulos e voltar um dia. É o caminho natural, mas não pode ser forçado.
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