Um gordo 1 a 0
O Inter venceu o Boca Juniors por um gordo 1 a 0 ontem à noite no Estádio Beira-Rio, pela Copa Sul-Americana. Mais do que gordo: foi quase uma goleada. Não só porque o gol foi marcado no último minuto (último mesmo: 48min22seg do segundo tempo!), mas sobretudo pela forma como se desenvolveu a partida - mascada, pastosa, um pesadelo em câmera lenta.
Isso tudo devido ao adversário. O Boca deste ano talvez não seja melhor do que o do ano passado: não tem o talento superior de Tevez no ataque, o que faz falta. Em compensação, a defesa está mais firme e no meio-campo joga um habilidoso camisa 10, Insua, que, quando está com a bola, ninguém lhe tira. Mas o principal predicado do time de Buenos Aires é a frieza de seus jogadores. Em nenhum momento, os argentinos pareceram se impressionar com os gritos da torcida ou com algum ensaio de pressão do Inter. Ao contrário, em certos lances o Boca saía tocando a bola de seu campo de defesa em meio aos açodados jogadores do Inter, a bola seguia rasteira e suave área afora, girava pelo meio, abria para uma das pontas e só parava graças à energia da zaga, principalmente do central Ediglê.
Na frente, porém, o Boca foi pouco ousado. O centroavante Palermo praticamente não jogou. As tentativas ofensivas ficaram a cargo do número 14, Palacio. Esse foi colocado bem aberto na ponta-direita. Aos oito minutos, Palacios deu dois passos em direção ao campo de defesa para marcar Jorge Wagner, mas, da margem do gramado, o técnico Alfio Basile mandou que voltasse para frente. E lá Palacio ficou, especulando, torcendo para conseguir uma chance de contra-ataque, que não vinha.
Assim, a bola ficou pererecando entre as intermediárias. Só aos 21 que o Inter foi chutar: Tinga, para fora. Aos 33, outra oportunidade: Fernandão passou para Sobis de calcanhar, dentro da área, mas Abbodanzieri defendeu. No segundo tempo, a situação do Inter piorou. O Boca passou a dominar a partida, tocou a bola com mais autoridade e perdeu de marcar aos 16, com Palermo.
Goleiro Abbodanzieri reclamou impedimento e foi expulso
O Inter tinha problemas porque muitos jogadores estavam mal: Edinho errava passes, Tinga parecia abatido, Ricardinho dispersivo. Foi na vontade, no empenho, na força da preparação física comandada por Paulo Paixão que o Inter se superou. Começou a recuperar o domínio, a ir para cima, a criar lances de gol.
Então, aos 48 minutos, veio o prêmio. Tinga sofreu falta perto da linha divisória. Ceará levantou a bola na meia-lua, Sobis raspou de cabeça e Fernandão entrou pelo meio da zaga para fazer o gol redentor, o estrondoso 1 a 0. Melhor: depois do gol, o goleiro Abbodanzieri reclamou impedimento e foi expulso.
É o 17º jogo invicto do Inter. Como não tomou gol, poderá jogar por empate na partida de volta, que provavelmente será realizada no dia 10 (o Boca quer transferi-la para o dia 6), provavelmente em Salta (mas também pode ser na Bombonera). Se o placar for repetido, a decisão vai para os pênaltis. Maravilhoso. O Inter pode voltar aliviado para as agruras do Brasileirão.
Ficha técnica
Inter (1)
Clemer; Ceará, Ediglê, Vinícius e Jorge Wagner; Edinho, Perdigão, Tinga e Ricardinho (Gustavo); Sobis e Fernandão. Técnico: Muricy Ramalho.
Boca Juniors (0)
Abbodanzieri; Calvo, Schiavi, Diaz e Krupoviesa; Cagna, Gago, Cardozo (Marino) e Insúa (Silvestre); Palermo e Palacio (Delgado). Técnico: Alfio Basile.
Copa Sul-Americana - Quartas-de-final, 20/10/2005 Árbitro: Carlos Torres, auxiliado por Ricardo Grance e Amelio Andino. Cartões amarelos: Perdigão e Edinho (I).
Expulsão: Abbodanzieri (B).
Gol: Fernandão, aos 48min22seg do segundo tempo.
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
Público: 32.987 (27.893 pagantes) Renda: R$ 42.821
Isso tudo devido ao adversário. O Boca deste ano talvez não seja melhor do que o do ano passado: não tem o talento superior de Tevez no ataque, o que faz falta. Em compensação, a defesa está mais firme e no meio-campo joga um habilidoso camisa 10, Insua, que, quando está com a bola, ninguém lhe tira. Mas o principal predicado do time de Buenos Aires é a frieza de seus jogadores. Em nenhum momento, os argentinos pareceram se impressionar com os gritos da torcida ou com algum ensaio de pressão do Inter. Ao contrário, em certos lances o Boca saía tocando a bola de seu campo de defesa em meio aos açodados jogadores do Inter, a bola seguia rasteira e suave área afora, girava pelo meio, abria para uma das pontas e só parava graças à energia da zaga, principalmente do central Ediglê.
Na frente, porém, o Boca foi pouco ousado. O centroavante Palermo praticamente não jogou. As tentativas ofensivas ficaram a cargo do número 14, Palacio. Esse foi colocado bem aberto na ponta-direita. Aos oito minutos, Palacios deu dois passos em direção ao campo de defesa para marcar Jorge Wagner, mas, da margem do gramado, o técnico Alfio Basile mandou que voltasse para frente. E lá Palacio ficou, especulando, torcendo para conseguir uma chance de contra-ataque, que não vinha.
Assim, a bola ficou pererecando entre as intermediárias. Só aos 21 que o Inter foi chutar: Tinga, para fora. Aos 33, outra oportunidade: Fernandão passou para Sobis de calcanhar, dentro da área, mas Abbodanzieri defendeu. No segundo tempo, a situação do Inter piorou. O Boca passou a dominar a partida, tocou a bola com mais autoridade e perdeu de marcar aos 16, com Palermo.
Goleiro Abbodanzieri reclamou impedimento e foi expulso
O Inter tinha problemas porque muitos jogadores estavam mal: Edinho errava passes, Tinga parecia abatido, Ricardinho dispersivo. Foi na vontade, no empenho, na força da preparação física comandada por Paulo Paixão que o Inter se superou. Começou a recuperar o domínio, a ir para cima, a criar lances de gol.
Então, aos 48 minutos, veio o prêmio. Tinga sofreu falta perto da linha divisória. Ceará levantou a bola na meia-lua, Sobis raspou de cabeça e Fernandão entrou pelo meio da zaga para fazer o gol redentor, o estrondoso 1 a 0. Melhor: depois do gol, o goleiro Abbodanzieri reclamou impedimento e foi expulso.
É o 17º jogo invicto do Inter. Como não tomou gol, poderá jogar por empate na partida de volta, que provavelmente será realizada no dia 10 (o Boca quer transferi-la para o dia 6), provavelmente em Salta (mas também pode ser na Bombonera). Se o placar for repetido, a decisão vai para os pênaltis. Maravilhoso. O Inter pode voltar aliviado para as agruras do Brasileirão.
Ficha técnica
Inter (1)
Clemer; Ceará, Ediglê, Vinícius e Jorge Wagner; Edinho, Perdigão, Tinga e Ricardinho (Gustavo); Sobis e Fernandão. Técnico: Muricy Ramalho.
Boca Juniors (0)
Abbodanzieri; Calvo, Schiavi, Diaz e Krupoviesa; Cagna, Gago, Cardozo (Marino) e Insúa (Silvestre); Palermo e Palacio (Delgado). Técnico: Alfio Basile.
Copa Sul-Americana - Quartas-de-final, 20/10/2005 Árbitro: Carlos Torres, auxiliado por Ricardo Grance e Amelio Andino. Cartões amarelos: Perdigão e Edinho (I).
Expulsão: Abbodanzieri (B).
Gol: Fernandão, aos 48min22seg do segundo tempo.
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
Público: 32.987 (27.893 pagantes) Renda: R$ 42.821
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