inter

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Ruy Carlos Osterman

Noite temprana
É um jogo, é uma revanche e é um desafio platino, na medida em que também somos hispânicos, fronteiriços, lindeiros e comprometidos com as coisas do pampa. Já seria suficiente para colocar o confronto desta noite no Beira-Rio na categoria especial dos fatos irredutíveis. Aprendi com os filósofos que é impossível repetir o banho de rio: o rio é outro na sua correnteza margem abaixo e nós nunca mais seremos os mesmos do banho anterior. Em futebol mais ainda, a progressão de um jogo para outro não repete nem a bola.

De modo que isso invalida as estatísticas monótonas que indicam tantos jogos, tantas vitórias e derrotas, minguados empates, com uma conclusão do tipo o Inter nunca ganhou do Boca, o que até nem sei, desinteressado que estou com a listagem dos jogos passados. Já se disse, e com nomes e fatos à mão, que o Boca é melhor do que o Boca que, passando pelo Inter nas semifinais da Sul-Americana, acabou campeão. E que o Inter também é melhor, para orgulho do clube e do técnico Muricy Ramalho.

E se não há explicações que sirvam para a véspera do jogo, todas devem estar no campo esta noite. Não pode jogar Elder Granja, é uma lástima porque ele seria capaz de dinamizar o lado direito de um modo que os argentinos respeitam, mas não gostam: com garra, futebol e velocidade ofensiva. Mas em contrapartida Alfio Basile, o técnico líder do Campeonato Argentino, não trouxe Battaglia, força do meio-campo do Boca a da seleção, que será substituído pelo experiente Diego Cagna. E não pôde trazer o lateral Hugo Benjamin Ibarra, um dos reforços da temporada.

As perdas são repartidas, o jogo, não. Edinho será Gavilán, e seria muito melhor se os dois pudessem jogar. Mossoró, envolvente e persuasivo, talvez fosse a jogada que poderia decidir. Mas não está inscrito e disso sabem todos, especialmente o Boca. Uma noite temprana, que começa às 19h30min e não termina tão cedo.




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Protagonista
Anderson está dependendo do tornozelo, que ainda dói e que abre essa incerteza que terá de ser superada: se jogar, terá de estar curado, caso contrário pode agravar a lesão e o quadrangular é breve. O time precisa muito de um jogador como Anderson, que está acima das repetições e das insistências habituais: nele fulgura sempre uma novidade. Sempre fará falta um jogador desse porte técnico, e com o desassombro inteligente que Anderson revela no trato de suas coisas de profissional muito jovem, mas já direcionado para a frente.

Por tudo isso, o quadrangular final deve ser pensado a partir do jogo desse sábado no Olímpico. Se o Grêmio vence o Náutico, reposiciona os dois jogos imediatos, fora do Olímpico, contra Portuguesa e Santa Cruz. Se não ganha, a estratégia é de recuperação. Anderson e seu tornozelo entram nas duas hipóteses, e como protagonista.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Fala sério, editor chefe. Tem de contratar um revisor de portugues.
Excelente idéia, parabéns. Tenho certeza que este site é o impulso que faltava para este time chegar ao bi-mundial..

quinta-feira, 20 outubro, 2005  

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