São Paulo e Inter consagram criticado modelo exportador
Formar jogadores, vender e fazer dinheiro. Com esse dinheiro, buscar (e tentar manter) jogadores de equipes menores e repatriar atletas em fim de ciclos no exterior. O que parece um contrasenso é o modelo que vem dando certo para os dois clubes mais bem-sucedidos do Brasil hoje, São Paulo e Internacional, que neste domingo se enfrentam às 16h, no Morumbi, em jogo que vale a liderança do Campeonato Brasileiro.
Vencedores das duas últimas edições da Taça Libertadores da América, os clubes, muitas vezes apontados como exemplos de gestão esportiva no panorama brasileiro, usam o criticado expediente da exportação de "pé de obra" para fazer caixa.
Com a receita gerada pela revelação de valores, constróem, curiosamente, times que muitas vezes aproveitam poucos jogadores da base. No caso do São Paulo atual, por exemplo, apenas o zagueiro Edcarlos, entre os titulares, foi formado no próprio clube.
Mas é de jovens talentos, como o volante Denílson, 18, vendido recentemente para o Arsenal por nada menos do que US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões), que o clube tira dinheiro para, por exemplo, manter o veterano volante Mineiro, jogador que peregrinou por equipes menores antes de chegar ao Morumbi e que atualmente discute sua renovação de contrato.
Segundo o diretor de planejamento do clube paulista, João Paulo Lopes, a importância da negociação de atletas tem diminuído, mas ainda responde por 24% da receita da equipe.
Assim como acontece com o adversário de hoje, grande parte dos ganhos do São Paulo no "mercado da bola" são originados de suas categorias de base, que custam R$ 4,3 milhões por ano, mas que, segundo Lopes, geram em média R$ 21,5 milhões.
"Um clube formador, com estruturas para a categoria de base de boa qualidade é rentável", disse o dirigente, que também afirmou que as negociações de atletas renderam R$ 236,5 milhões aos cofres do time nos últimos 11 anos.
Campeão da Libertadores-06 após derrotar o São Paulo na decisão, o Internacional também se apóia nos jovens oriundos de sua categoria de base para manter um time competitivo.
Principal destaque do time que conquistou o torneio sul-americano, o atacante Rafael Sóbis foi o último exemplo desta política. O jogador foi negociado com o Betis, da Espanha, que também levou Jorge Wágner. Além deles, Bolívar foi para o Monaco e Tinga para o Borussia Dortmund, completando o desmanche gaúcho.
Para repor as peças perdidas e se manter na disputa do Nacional, o Internacional seguiu o seu planejamento e "subiu" atletas de sua categoria base, contratou "estrangeiros" (Pinga, Hidalgo e Vargas) e procurou novos talentos no mercado local (Wellington Pereira).
A "reciclagem do elenco" através da venda de um ou dois atletas por ano está, inclusive, prevista no orçamento do Inter, que conta com este dinheiro para neutralizar o déficit mensal do departamento de futebol, que segundo o presidente do clube, Fernando Carvalho, é de cerca de R$ 600 mil.
Apesar de ter revelado também Nilmar e Daniel Carvalho nos últimos anos, o Inter vive agora uma entressafra em suas categorias de base, tanto que não deve escalar nenhum atleta de "produção própria" no jogo de hoje.
A nova aposta gaúcha para reforçar o caixa é o garoto Alexandre Pato, de apenas 17 anos. Mesmo no time B do Internacional, o jogador já teria despertado o interesse do Arsenal, o que pode forçar o técnico Abel Braga a utilizá-lo em um futuro próximo.
Enquanto não vende o seu novo talento, a equipe do Sul do país usa o dinheiro do desmanche do time da Libertadores para manter uma nova base, composta basicamente por atletas com menor espaço no mercado, mas capaz de disputar títulos e ter papel de destaque nas competições que disputa.
"O nosso planejamento é para duas, três temporadas. Fazemos contratos longos com os jogadores que contratamos", afirmou Carvalho, que assumiu a presidência do time em 2002 prometendo deixar a equipe no topo até 2009, ano do centenário da equipe.
Vencedores das duas últimas edições da Taça Libertadores da América, os clubes, muitas vezes apontados como exemplos de gestão esportiva no panorama brasileiro, usam o criticado expediente da exportação de "pé de obra" para fazer caixa.
Com a receita gerada pela revelação de valores, constróem, curiosamente, times que muitas vezes aproveitam poucos jogadores da base. No caso do São Paulo atual, por exemplo, apenas o zagueiro Edcarlos, entre os titulares, foi formado no próprio clube.
Mas é de jovens talentos, como o volante Denílson, 18, vendido recentemente para o Arsenal por nada menos do que US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões), que o clube tira dinheiro para, por exemplo, manter o veterano volante Mineiro, jogador que peregrinou por equipes menores antes de chegar ao Morumbi e que atualmente discute sua renovação de contrato.
Segundo o diretor de planejamento do clube paulista, João Paulo Lopes, a importância da negociação de atletas tem diminuído, mas ainda responde por 24% da receita da equipe.
Assim como acontece com o adversário de hoje, grande parte dos ganhos do São Paulo no "mercado da bola" são originados de suas categorias de base, que custam R$ 4,3 milhões por ano, mas que, segundo Lopes, geram em média R$ 21,5 milhões.
"Um clube formador, com estruturas para a categoria de base de boa qualidade é rentável", disse o dirigente, que também afirmou que as negociações de atletas renderam R$ 236,5 milhões aos cofres do time nos últimos 11 anos.
Campeão da Libertadores-06 após derrotar o São Paulo na decisão, o Internacional também se apóia nos jovens oriundos de sua categoria de base para manter um time competitivo.
Principal destaque do time que conquistou o torneio sul-americano, o atacante Rafael Sóbis foi o último exemplo desta política. O jogador foi negociado com o Betis, da Espanha, que também levou Jorge Wágner. Além deles, Bolívar foi para o Monaco e Tinga para o Borussia Dortmund, completando o desmanche gaúcho.
Para repor as peças perdidas e se manter na disputa do Nacional, o Internacional seguiu o seu planejamento e "subiu" atletas de sua categoria base, contratou "estrangeiros" (Pinga, Hidalgo e Vargas) e procurou novos talentos no mercado local (Wellington Pereira).
A "reciclagem do elenco" através da venda de um ou dois atletas por ano está, inclusive, prevista no orçamento do Inter, que conta com este dinheiro para neutralizar o déficit mensal do departamento de futebol, que segundo o presidente do clube, Fernando Carvalho, é de cerca de R$ 600 mil.
Apesar de ter revelado também Nilmar e Daniel Carvalho nos últimos anos, o Inter vive agora uma entressafra em suas categorias de base, tanto que não deve escalar nenhum atleta de "produção própria" no jogo de hoje.
A nova aposta gaúcha para reforçar o caixa é o garoto Alexandre Pato, de apenas 17 anos. Mesmo no time B do Internacional, o jogador já teria despertado o interesse do Arsenal, o que pode forçar o técnico Abel Braga a utilizá-lo em um futuro próximo.
Enquanto não vende o seu novo talento, a equipe do Sul do país usa o dinheiro do desmanche do time da Libertadores para manter uma nova base, composta basicamente por atletas com menor espaço no mercado, mas capaz de disputar títulos e ter papel de destaque nas competições que disputa.
"O nosso planejamento é para duas, três temporadas. Fazemos contratos longos com os jogadores que contratamos", afirmou Carvalho, que assumiu a presidência do time em 2002 prometendo deixar a equipe no topo até 2009, ano do centenário da equipe.
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